quinta-feira, 27 de agosto de 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Minha experiência no 51º Congresso da UNE.
Olá! Venho aqui no blog da chapa UNE É PRA LUTAR contar minha experiência no 51º Congresso da UNE.
Cheguei a Brasília só na sexta feira, o congresso tinha começado na quarta. Neste dia houve, à tarde, uma série de painéis sobre diversos temas, como educação, a crise, meio ambiente, e mais outros. O grande problema foi que esses painéis não abriam espaço para discussão com os estudantes, eram na verdade palestras!! Tinham uns caras fodões (ou não) nas mesas; eles falavam e falavam suas opiniões sobre o tema, e só no final, com um tempo bem apertado, um ou outro estudante podia dizer alguma coisa. Alguns palestrantes diziam coisas até que pertinentes, mas e daí? Quer dizer, estávamos ali para discutir (nós, os estudantes) como a UNE agiria frente à aquela situação, e não a opinião do Ivan Valente, ou de outras figuras sobre isso!! Logo neste primeiro dia entrei em crise! O que diabos estamos fazendo aqui então, se não há discussão com os estudantes?! Achei muito ruim!
De noite, estavam programados grupos de discussão (GD’s). Estes, no entanto, estavam mal divulgados, ninguém sabia ao certo onde seriam, e os horários atrasaram muito! Alguns GD’s nem ocorreram. Os que ocorreram foram por pressão da nossa chapa UNE É PRA LUTAR.
Foi na própria sexta feira que percebi o diferencial de nossa chapa. Estávamos fazendo a campanha pela recomposição do orçamento do MEC, e pelo fim da Lei das Mensalidades, trabalhando com os abaixo-assinados. Percebi que éramos a única tese a fazer um trabalho na base dos estudantes, a discutir politicamente com eles estas questões que são de grande importância para nós, estudantes de universidade públicas ou privadas.
No sábado fomos para a plenária que aprovaria as propostas consensuais. Ali eu fiquei “deprimidíssima”! Lá me questionei novamente: “o que diabos estamos fazendo aqui?!” Era tudo uma grande zona! Guerra de torcidas, ninguém respeitava a fala de ninguém, uma desordem total! Apesar disso, conquistamos vitórias nas propostas consensuais, como as de educação, por exemplo:
Por uma portaria do MEC de proteção dos estudantes que garanta o direto de matrícula aos inadimplentes;
Reivindicamos uma medida do MEC pelo congelamento das mensalidades no ensino superior pago!;
Pela recuperação integral dos orçamentos do Ministério da Educação;
A favor da campanha dos R$400 milhões para assistência estudantil dentro de cada universidade!
A União Nacional dos Estudantes seguindo o exemplo da ANPG decide por se somar à Caravana exigindo de Lula a recuperação imediata dos orçamentos da Educação, Ciência e Tecnologia!
O que achei bem legal da nossa tese foi que todos os dias fazíamos pelo menos uma reunião para discutir o que ocorreria naquele dia, ou para discutir o que cada um achou das atividades que ocorreram. Diferente de outras teses, nossos delegados estavam comprometidos, e, apesar de uma ressaca ou outra, participamos de todas as atividades. Assim, se quisessem, todos podiam dar uma sugestão, ou criticar nossa atuação, ou simplesmente desabafar (como eu!). Achei isso muito bom, havia espaço para discussão.
No domingo houve a plenária que votaria as propostas divergentes, e elegeria a direção da UNE. Se nas propostas consensuais mal conseguíamos ouvir, nas divergentes o negocio ficou feio! As “torcidas organizadas” estavam lá exatamente para evitar que as defesas fossem ouvidas! Onde estava a discussão política?! Fui, junto com outros colegas da tese, defender uma proposta de educação. Fiquei receosa, quem ouviria o que estávamos falando no meio daquela bagunça?! Mas, pasmem... tiveram pessoas que pararam para ouvir, que se esforçaram para ouvir! Em todas as bancadas, e até na UJS, as pessoas (algumas) tentaram ouvir. Foi aí que percebi que as pessoas confiam na UNE, tem respaldo na entidade, apesar de sua direção. Na verdade acredito que muitas pessoas têm ilusão nesta direção.
Enfim, para acabar, tenho que dizer que, estando lá no 51º CONUNE fiquei mais convencida ainda que devemos defender esta entidade. Não podemos simplesmente abandonar centenas de estudantes que contam com ela! O CONUNE foi ruim, não havia espaço para discussão; isso não foi por acaso. É interesse da direção majoritária, a UJS, que não haja discussão. Essa é a razão de ser da tese UNE É PRA LUTAR, tem que haver discussão!! A direção majoritária da UJS resiste em avançar, mas avança quando sua base pressiona, como na questão da Caravana a Brasília pela recomposição do orçamento, junto com a ANPG. Como sempre digo, a direção não é a entidade! A UNE está aí para lutar pelas nossas reivindicações, dos estudantes. Se quem dirige a entidade quer nos barrar, não podemos deixar!
Esta situação de crise afeta diretamente a juventude, seja pelos cortes de verbas nos Ministérios da Educação, da Ciência e Tecnologia e dos Esportes, seja pelo aumento das mensalidades nas universidades particulares, seja pelas demissões que atingem principalmente os jovens. Temos uma entidade que está aí para lutar por nós, então que lute!
“OLÊ OLÊ, OLÊ OLÊ OLÁ, OLÊ OLÊ, OLÊ OLÊ OLÁ, POR ESSA CRISE NÃO VOU PAGAR, A UNE, A UNE, A UNE É PRA LUTAR!”
Abraços.
Tainá Reis – estudante de Ciências Sociais UFSCar- delegada pela chapa UNE É PRA LUTAR.
Cheguei a Brasília só na sexta feira, o congresso tinha começado na quarta. Neste dia houve, à tarde, uma série de painéis sobre diversos temas, como educação, a crise, meio ambiente, e mais outros. O grande problema foi que esses painéis não abriam espaço para discussão com os estudantes, eram na verdade palestras!! Tinham uns caras fodões (ou não) nas mesas; eles falavam e falavam suas opiniões sobre o tema, e só no final, com um tempo bem apertado, um ou outro estudante podia dizer alguma coisa. Alguns palestrantes diziam coisas até que pertinentes, mas e daí? Quer dizer, estávamos ali para discutir (nós, os estudantes) como a UNE agiria frente à aquela situação, e não a opinião do Ivan Valente, ou de outras figuras sobre isso!! Logo neste primeiro dia entrei em crise! O que diabos estamos fazendo aqui então, se não há discussão com os estudantes?! Achei muito ruim!
De noite, estavam programados grupos de discussão (GD’s). Estes, no entanto, estavam mal divulgados, ninguém sabia ao certo onde seriam, e os horários atrasaram muito! Alguns GD’s nem ocorreram. Os que ocorreram foram por pressão da nossa chapa UNE É PRA LUTAR.
Foi na própria sexta feira que percebi o diferencial de nossa chapa. Estávamos fazendo a campanha pela recomposição do orçamento do MEC, e pelo fim da Lei das Mensalidades, trabalhando com os abaixo-assinados. Percebi que éramos a única tese a fazer um trabalho na base dos estudantes, a discutir politicamente com eles estas questões que são de grande importância para nós, estudantes de universidade públicas ou privadas.
No sábado fomos para a plenária que aprovaria as propostas consensuais. Ali eu fiquei “deprimidíssima”! Lá me questionei novamente: “o que diabos estamos fazendo aqui?!” Era tudo uma grande zona! Guerra de torcidas, ninguém respeitava a fala de ninguém, uma desordem total! Apesar disso, conquistamos vitórias nas propostas consensuais, como as de educação, por exemplo:
Por uma portaria do MEC de proteção dos estudantes que garanta o direto de matrícula aos inadimplentes;
Reivindicamos uma medida do MEC pelo congelamento das mensalidades no ensino superior pago!;
Pela recuperação integral dos orçamentos do Ministério da Educação;
A favor da campanha dos R$400 milhões para assistência estudantil dentro de cada universidade!
A União Nacional dos Estudantes seguindo o exemplo da ANPG decide por se somar à Caravana exigindo de Lula a recuperação imediata dos orçamentos da Educação, Ciência e Tecnologia!
O que achei bem legal da nossa tese foi que todos os dias fazíamos pelo menos uma reunião para discutir o que ocorreria naquele dia, ou para discutir o que cada um achou das atividades que ocorreram. Diferente de outras teses, nossos delegados estavam comprometidos, e, apesar de uma ressaca ou outra, participamos de todas as atividades. Assim, se quisessem, todos podiam dar uma sugestão, ou criticar nossa atuação, ou simplesmente desabafar (como eu!). Achei isso muito bom, havia espaço para discussão.
No domingo houve a plenária que votaria as propostas divergentes, e elegeria a direção da UNE. Se nas propostas consensuais mal conseguíamos ouvir, nas divergentes o negocio ficou feio! As “torcidas organizadas” estavam lá exatamente para evitar que as defesas fossem ouvidas! Onde estava a discussão política?! Fui, junto com outros colegas da tese, defender uma proposta de educação. Fiquei receosa, quem ouviria o que estávamos falando no meio daquela bagunça?! Mas, pasmem... tiveram pessoas que pararam para ouvir, que se esforçaram para ouvir! Em todas as bancadas, e até na UJS, as pessoas (algumas) tentaram ouvir. Foi aí que percebi que as pessoas confiam na UNE, tem respaldo na entidade, apesar de sua direção. Na verdade acredito que muitas pessoas têm ilusão nesta direção.
Enfim, para acabar, tenho que dizer que, estando lá no 51º CONUNE fiquei mais convencida ainda que devemos defender esta entidade. Não podemos simplesmente abandonar centenas de estudantes que contam com ela! O CONUNE foi ruim, não havia espaço para discussão; isso não foi por acaso. É interesse da direção majoritária, a UJS, que não haja discussão. Essa é a razão de ser da tese UNE É PRA LUTAR, tem que haver discussão!! A direção majoritária da UJS resiste em avançar, mas avança quando sua base pressiona, como na questão da Caravana a Brasília pela recomposição do orçamento, junto com a ANPG. Como sempre digo, a direção não é a entidade! A UNE está aí para lutar pelas nossas reivindicações, dos estudantes. Se quem dirige a entidade quer nos barrar, não podemos deixar!
Esta situação de crise afeta diretamente a juventude, seja pelos cortes de verbas nos Ministérios da Educação, da Ciência e Tecnologia e dos Esportes, seja pelo aumento das mensalidades nas universidades particulares, seja pelas demissões que atingem principalmente os jovens. Temos uma entidade que está aí para lutar por nós, então que lute!
“OLÊ OLÊ, OLÊ OLÊ OLÁ, OLÊ OLÊ, OLÊ OLÊ OLÁ, POR ESSA CRISE NÃO VOU PAGAR, A UNE, A UNE, A UNE É PRA LUTAR!”
Abraços.
Tainá Reis – estudante de Ciências Sociais UFSCar- delegada pela chapa UNE É PRA LUTAR.
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